segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
És o meu sonho de mulher
Eu quero este amor
Chegaste de mansinho, com esse sorriso imensamente cativante e essa alegria que me arrasta e contagia.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Poema do Homem Só
Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.
Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem
Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.
Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.
Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.
Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.
António Gedeão
O meu imaginário
Hoje, tal como noutros dias, viajei no meu imaginário.
Perdi-me no tempo, perdi-me no espaço, perdi-me ...
Percorri o mundo das memórias e te encontrei
Ouvi o som do teu riso, a ternura da tua voz, o brilho do teu sorriso imenso despontando do teu belo rosto. Vislumbrei o teu corpo e o calor invadiu-me o corpo, assim como uma vontade imensa de te estreitar em meus braços. Um desejo intenso em te beijar cresce dentro de mim
São desejos secretos, não acessíveis, que aumentam em mim uma chama difícil de conter ou dominar, a chama deste amor que renasce em cada beijo teu
Sinto nascer em mim a sede insaciável… de te ter,
Embalado pela dor penetrante deste encontro
Envolto pelas águas revoltas e macias do sonho
Reconheço que nada mais há que isto
Memórias de te ter tido sem te ter
Ecos da tua passagem…
Murmúrios de um grito inquieto
Resgate deste amor que persiste
Para lá do tempo, do sonho e da vontade. Amo-te!
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A vida
A vida é uma dança constante. Ela rodopia por vezes como um bolero, outras vezes um tango arrebatador, uma valsa graciosa, por vezes é uma salsa sensualmente atraente, muitas vezes apenas um movimento desengonçado, sem cor e sem brilho.
Ela gira e gira, dá voltas e voltas, trocando os passos, trocando as voltas, alterando os ritmos…
Por vezes gira levemente, por vezes de forma arrepiante, por vezes é quente, por vezes fria, gelada e desconcertante. A vida é uma constante, uma sucessão de dias, de momentos, de estados de alma. Uma matéria impenetrável, um movimento dentro de ti e de mim... Por vezes surge como um poema, como um beijo saboroso, outras vezes surge como uma paixão, arrebatadoramente devastadora e desgastante, … por vezes é isto, uma inutilidade absoluta.
Na vida há sempre uma lembrança que abala, uma lembrança que persistentemente subsiste, uma lembrança que mexeu com o coração. Por vezes a vida se resume a uma única coisa … no meu caso a ti! Amo-te.