Meu amor, dentro de horas termina mais um ano. Um longo ano feito de tantas coisas boas, de tantos momentos a dois, de tantas carícias partilhadas, de beijos trocados, de sorrisos lindos, de sonhos construídos a pensar em ti, de ilusões... Um ano em que travei guerras, em vivi imensos momentos tristes, de desalentos, de vida perdida, de sonhos desfeitos, de saudades, um ano em que chorei... Vi amigos partir para não voltar, amigos que voltaram mas que nada trouxeram, neste imenso universo de oportunidades perdidas, não consegui dizer-te que te amo e como te amo.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Ousadia
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Paragem no tempo
Quem precisa deste tempo, deste buraco negro espacial, completamente vazio mas sofregamente devorador.
Por vezes como um poema, delicadamente construído a pensar em ti, como um beijo com sabor a mar, deliciosamente saboroso.
Às vezes grito, às vezes choro outras barafusto.
Tudo começa no espaço, tudo começa num instante, tudo tem um tempo.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Inquietudes estranhas
O tempo
Chegou de novo o tempo
Sugestão de prenda
Carta ao Pai Natal
Lembro que, quando ainda menino, aguardava ansiosa pela chegada da noite na esperança que algo ficasse no meu sapatinho, “roto” de tanta calcorrear caminhos. Raramente ficava algo mais que guloseimas ou as meias e cuecas do costume. Raramente aparecia algo, dentro do que pedia. Davam o que podia dar.
Claro que deixei de lhe escrever. Há tempos que nada lhe escrevo. Há tempos que nada lhe peço ... Pois acho que chegou a hora! A hora em que me atrevo a pedir. A hora em que acho que devo ser egoísta. Não vou pedir para os necessitados, para os desalojados, para os famintos, ... Vou pedir para todos aqueles que assim como eu, também o amam. Amam sem esperança, mas com esperança de realizar muitos de seus sonhos, o seu grande sonho, o seu grande amor.
Aprendi que nem sempre podemos receber o que pedimos, que aquilo que desejamos nem sempre combina com o que os outros desejam. Aprendi que é muito importante aceitar o que nos é dado, que tudo tem a hora certa para acontecer e se ainda não aconteceu, é porque não é o momento e que esse dia vai chegar... eventualmente não!
Mas como disse antes, Querido Pai Natal!
Hoje não me sinto como aquele menino crente e sonhador. Hoje estou algo magoado com o tempo que passa a correr sem nada deixar para poder recordar. Por isso meu velhinho, pega lá no teu lápis e regista
De todos os meus desejos e sonhos.
O seu presente mais especial é ... tu sabes!
Deixarei as janelas abertas, não vou acender a lareira, manterei as luzes apagadas, para que nada atrase a tua chegada com a minha “prendinha”. Por isso vem cedo ... Te espero ansiosamente!
Feliz Natal meu AMOR!!
domingo, 20 de dezembro de 2009
Preciso de espaço
Sinto-me amarrado
Preciso de espaço para entender...
Preciso de espaço
para encontrar o meu espaço
Sabes...
Aguarda um pouco!
A noite mal dormida ensombra-lhe o olhar, marca-lhe o rosto, deformou-lhe o corpo e a alma
Parece que traz o mundo às costas, um mundo de amargura, de desejos recalcados, de sonhos impossíveis de realizar.
Transborda no tom da sua voz, agressivamente agreste, rude e sarcástica
Como é possível que a noite não tenha esbatido a tormenta
"- Aguarda um pouco! - Deixa o sol, a luz entranhar-se! Deixa o dia começar dentro de ti!"
Só tens esta vida.
Vale a pena tentares vivê-la como se fosse uma iguaria suculenta
Deposita-a num prato de sobremesa, cobre-a de açúcar, adoçante, chocolate, o que te aprouver
Mas saboreia-a. Saboreia-a como se não houvesse nada para além desse momento
“-Deixa o sol, a luz entranhar-se!"
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O teu beijo
Que gesto tão íntimo é o teu beijo
Que doçura e que fulgor
O bebo dum trago
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Vem.
A noite já vai longa
Amo as coisas
O espaço e o lugar onde tu estás
O estares ali é o ser de certo modo teu,
É tornar algo inexistente
Num espaço com sentido
Num local com forma, cor e brilho
Com cheiros e aromas
E luz, muita luz.
O saber como é e onde é
Passou a ser importante
Tornou-se relevante
Porque passou a ser parte de ti
A constar das tuas recordações
Das tuas emoções
Amo as coisas que tu amas
Apenas porque te amo.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Imaginemos
Imaginemos que este dia acabou
enorme
acesos e radiante
Imaginemos que me ligas
fizeste sinais de luzes
Façamos de conta que é noite
que a minha teia se enreda com a tua
Fazes-me falta …
Contigo, construí sonhos de rara beleza
Contigo, naveguei pelo mar revolto em busca do sonho perdido
Contigo, fiz do meu dia um conto de fadas.
Contigo, adormeci sorrindo e sonhei acordado
Sem ti, … o meu caminho é árduo, duro, sem interesse
Sem ti...fazes-me falta...
Muita falta...
O tempo sujo
Como insultos a que não posso responder
Sem o perigo duma cruel intimidade
Com a mão que lança o pus
Que trabalha ao serviço da infecção
São dias que nunca deviam ter saído
Do mau tempo fixo
Que nos desafia da parede
Dias que nos insultam que nos lançam
As pedras do medo os vidros da mentira
As pequenas moedas da humilhação
Dias ou janelas sobre o charco
Que se espelha no céu
Dias do dia-a-dia
Comboios que trazem o sono a resmungar para o trabalho
O sono centenário
Mal vestido mal alimentado
Para o trabalho
A martelada na cabeça
A pequena morte maliciosa
Que na espiral das sirenes
Se esconde e assobia
Dias que passei no esgoto dos sonhos
Onde o sórdido dá as mãos ao sublime
Onde vi o necessário onde aprendi
Que só entre os homens e por eles
Vale a pena sonhar.
Alexandre O'Neill
sábado, 5 de dezembro de 2009
A Chuva
sábado, 28 de novembro de 2009
Gosto de ti
Há muitos nomes que gostaria de poder acrescentar ao teu, nomes ternos, diminutivos, carinhosos e outros que sem esforço me fazes lembrar
Contudo nenhum deles traduziria aquilo que realmente sinto por ti
Nenhum deles traduziria o que significas para mim.
Queria poder dizer bem alto o quanto gosto de ti e que te amo...
Amo-te tanto que, por vezes, chega a doer,
Queria poder abraçar-te até o meu corpo me doer,
Sentir o teu cheiro e o teu perfume até ele se misturar com o meu!
Claro que não fizeste nada para isso ...a não ser existires e seres TU!
Se mesmo assim não sabes o que tu significas eu traduzo "eu vivo e respiro pensando em ti".
Contudo, há sempre um contudo, quando é que alguém tão lindo, simpático, cheio de vida, livre e amante da liberdade, com um sorriso que enche o mundo, ... e inteligente, se ia interessar por alguém como eu, um patinho feio, desajeitado e enjeitado.
O que é que eu te poderia dar-te que outra pessoa não te possa dar?
Como é que me atrevo a pensar (se te amo assim tanto ) arrastar-te para o meu mundo e para este caos em que vivo.
O que é que eu faço com o meu comboio transiberiano que arrasto e que me desgasta e destrói, me consome as energias, corrói a alegria e me torna num ser isolado, mergulhado em obrigações, trabalho, responsabilidade,...
Consegui chegar até hoje sem nunca senti essa coisa a que chamam idade.
Hoje sinto-me perdido já não sei o que posso ou não posso.
"I´m alone in a crowd".
Eu sei que um destes dias te vais cansar de mim e dizeres adeus, "for ever".
Eu sei que de um instante para o outro, nem sequer vou poder "respirar o ar que tu respiras" e "de te ter por um instante" e deixar de sentir o prazer que é estar contigo.
sábado, 21 de novembro de 2009
O meu mundo sem ti
Como seria o meu mundo
Seria certamente
Sem o meu sol, a minha lua, o meu universo
domingo, 15 de novembro de 2009
Saudade de ti
Desde que trocámos o último beijo
Não posso mais viver mais, assim
Com essa eterna saudade
Que sinto de ti, meu amor
Por isso, vem amor... Vem...
domingo, 8 de novembro de 2009
Que dia este
O teu perfume e o teu lindo sorriso
Onde estás?
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Volim te
Em que tudo é obscuro
Revivo, ainda que seja ilusão,
E nada mais quero
Entrego-te o coração.
Ani ohev otah
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma...quem foi?
Esta chama que atenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há - de ela apagar?
Eu não sei, não lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garret
Entardecer
Que me ferem o rosto
É ficar com a escuridão
que se desvanece nos meus lábios
Com um beijo
domingo, 1 de novembro de 2009
Domingo, manhã.
Domingo, manhã, café, esplanada