quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O tempo

Chegou de novo o tempo
O tal tempo que lentamente passa
Onde cada segundo demora horas a passar
E um dia é uma eternidade
O tempo em que em cada minuto
A tal espada paira sobre mim
O tempo em que te vais, sem rumo definido
Sem paragens nem pontos de encontro
Sem mensagens, sorrisos, abraços
Sem sentir o teu calor e o teu odor
O tempo em que te perco sem te ter
Encontro-me assim, perdido,
Largado na inconstância de te ter tido
Parece que por um instante
Por companheira de jornada
Por confidente reconfortante
Por sonho concretizado dia a dia
Observo o tempo uma vez mais
Questiono-me sobre o que faço e o que fazer
Sobre a natureza que me prende
Sobre este ter-te sem te ter
Sobre a minha natureza e o amor que me prende a ti
E sobre esta esperança tão cheia de alma.
Sobre o sonho, a esperança, a liberdade e os afectos,
De um mundo que ousou pensar, questionar-se, inquietar-se
e que agora se aquieta por nada ter.

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