sábado, 13 de agosto de 2011

conversas

Sinto que não sou o que poderia ser, sinto falta das coisas que poderia ter, por vezes, é certo, nem sequer tento conseguir o que quero ter, mas se não o tento ainda é por razões que não são minhas. São as tuas, são as de outros, todas menos as minhas! Tenho escrito, vezes sem conta, que te amo, que te adoro, que és a minha estrela, a minha lua nesta noite escura, o meu sol que ilumina os meus dias. Falta esse passo, falta esse instante. Falta a coragem de entrar nesta voragem. Eu sei que o presente é agora. ...e o futuro? Eu sei que deveria viver ainda o hoje porque o amanhã é incerto. Contudo observo as cores, as tuas, as minhas e... as outras que se misturam e as uso para estar aqui parado e não aí contigo. A tela que eu poderia pintar talvez não ficasse bem no teu mundo. Talvez falte sentir que também tu tens vontade!

como entraste na minha vida

Ainda me lembro como entraste na minha vida, como chegaste de mansinho, sorrindo... Lembro que nem tocaste à campainha, não bateste, não pediste para entrar. Entraste. Apesar de saber que era errado, apesar de saber que eras um fruto proibido, apesar de saber que podias destroçar este frágil coração, eu não ofereci resistência e deixei-te entrar, deixei-me levar. Fui limpando todo o caminho, abrindo veredas, alargando caminhos dentro de mim, alargando o teu caminho e procurando facilitar-te a vida para entrares e um o lugar maior para te guardar. Fui deitando fora recordações, deitei fora amores antigos, juras de amor passadas, beijos dados, pus para trás aquela vontade louca de não cair na tentação…
Tarde de mais, tu preenches todo o meu ser, corres nas minhas veias, vives na ponta dos meus dedos, no brilho dos meus olhos, nos sorrisos que se abrem no meu rosto, és o motivo da minha existência, …
Tu me preenches mas sei que não te tenho, para além desta angústia, saudade, ansiedade, culpa, os desgostos... e sinto medo, medo que não percebas.

Por vezes acontece-me isto ...

Por vezes acontece-me isto, um vazio imenso, numa confusão de ideias, numa imensidão de mensagens, apenas uma imagem me preenche, Tu! O que te posso dizer que ainda não te disse, o que posso fazer que ainda não fiz (de facto há uma, aquela que talvez pudesse mudar tudo) … 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

o teu beijo ( de novo)

Que gesto tão íntimo é o teu beijo 
Que doçura e que fulgor
Que fogo transporta
Que desejo
Que amor
Como me toca 
Como me esgota
A resistência
Como me sacia
O saboreio
O devoro
Tão profundamente
Tão abruptamente
Ele escorre de ti
Lentamente
Para mim
O bebo dum trago 
Até a última gota... 
Que lindo é
O teu beijo.

porque gosto

Amo o espaço e o lugar, e as coisas que não falam.
O estar ali, o ser de certo modo,
O saber-se como é, onde é que está e como,
O aguardar sem pressa, e atender-nos
Da forma necessária.
Serenas em si mesmas, sempre iguais a si próprias,
Esperam as coisas que o desespero as busque.
Abre-se a porta e o próprio ar nos fala.
As cortinas de rede, exactamente aquelas,
A cadeira onde a memória está sentada,
A mesa, o copo, a chávena, o relógio,
O móvel onde alguém permanece encostado
Sem volume e sem tempo,
Nós próprios, quando os olhos indignados 
Nas pálpebras se encobrem.
Põe-se a pedra na mão e a pedra pesa,
Pesa connosco, forma um corpo inteiro
Fecha-se a mão e a mão toma-lhe a forma,
Conhece a pedra, estende-lhe o feitio
Sente-a macia ou áspera, e sabe em que lugares.
Abre-se a mão e a mesma pedra avulta.
Se fosse o amor dos homens
Quando se abrisse a mão já lá não estava.

by António Gedeão

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

preciso de ti

A certa altura da vida damos por nós a pensar na sorte que temos por termos saúde, estabilidade económica, casa, carro, amigos, amigas e tudo e mais alguma coisa. Contudo de que vale isso tudo se não temos a única "coisa" que  realmente nos interessa. É tão fácil ser feliz e é tão barato se estivermos ao lado de quem amamos. I need you! I miss you! I love you!