sábado, 28 de novembro de 2009

Gosto de ti

Há muitos nomes que gostaria de poder acrescentar ao teu, nomes ternos, diminutivos, carinhosos e outros que sem esforço me fazes lembrar

Contudo nenhum deles traduziria aquilo que realmente sinto por ti

Nenhum deles traduziria o que significas para mim.

Queria poder dizer bem alto o quanto gosto de ti e que te amo...

Amo-te tanto que, por vezes, chega a doer,

Queria poder abraçar-te até o meu corpo me doer,

Sentir o teu cheiro e o teu perfume até ele se misturar com o meu!

Claro que não fizeste nada para isso ...a não ser existires e seres TU!

Se mesmo assim não sabes o que tu significas eu traduzo "eu vivo e respiro pensando em ti".

Contudo, há sempre um contudo, quando é que alguém tão lindo, simpático, cheio de vida, livre e amante da liberdade, com um sorriso que enche o mundo, ... e inteligente, se ia interessar por alguém como eu, um patinho feio, desajeitado e enjeitado.

O que é que eu te poderia dar-te que outra pessoa não te possa dar?

Como é que me atrevo a pensar (se te amo assim tanto ) arrastar-te para o meu mundo e para este caos em que vivo.

O que é que eu faço com o meu comboio transiberiano que arrasto e que me desgasta e destrói, me consome as energias, corrói a alegria e me torna num ser isolado, mergulhado em obrigações, trabalho, responsabilidade,...

Consegui chegar até hoje sem nunca senti essa coisa a que chamam idade.

Hoje sinto-me perdido já não sei o que posso ou não posso.

"I´m alone in a crowd".

Eu sei que um destes dias te vais cansar de mim e dizeres adeus, "for ever".

Eu sei que de um instante para o outro, nem sequer vou poder "respirar o ar que tu respiras" e "de te ter por um instante" e deixar de sentir o prazer que é estar contigo.

Eu sei que vai doer, eu sei que vou sofrer... mas estes receios apenas me fazem dizer
Gosto muito de ti!

sábado, 21 de novembro de 2009

O meu mundo sem ti

Como seria o meu mundo
Como seriam meus dias
Que sorrisos me animariam
Que mãos me acariciariam
Porque beijos suspiraria
Que perfume gostaria de sentir
Que calor me acalentaria
Como seriam meus dias
Seriam de certo mais tristes
E as noites mais frias, mais negras
Sem o teu olhar
Que cintila e ilumina
Como curaria minhas mágoas
Sem as taus carícias e o teu calor
Sem ouvir tua voz
Seria tudo silencio
Silencio cinzento, quedo e mudo
Seria certamente
Um outro mundo
Uma outra vida
Uma vida sem ti!
Sem o meu sol, a minha lua, o meu universo
Que vida teria?! Que vida seria!?

domingo, 15 de novembro de 2009

Saudade de ti

Desde que trocámos o último beijo
Desde que as nossas mãos se afastaram
Desde que te olhei pela última vez
Tenho saudades de ti
Esta saudade corrói
Preenche os meus momentos
e os meus pensamentos
Está impregnada em mim
Tenho saudades de ti
Procuro desvanecê-la
Com outros pensamentos
Mas... Ela insiste
Cresce de manhã ao anoitecer
Persegue-me
Não sei o que fazer com ela e contigo
Que corróis meu coração
Com essa saudade imensa...
saudade que machuca
Que dói, que aperta o coração
Que está sempre presente
Que perturba
Estou perdido... nesta saudade...
Tento encontrar uma saída
Mas... Tudo me leva a ti
Não posso mais viver mais, assim
Com essa eterna saudade
Que sinto de ti, meu amor
Por isso, vem amor... Vem...
Vem matar esta saudade...
Que há tanto tempo sinto
Dentro de mim
Saudade de ti
do último beijo
Do último olhar
Das tuas mãos
Vem, tenho saudades de ti.

domingo, 8 de novembro de 2009

Que dia este

Um manto de nuvens cobre o céu
Quem deseja um dia assim
Um dia sombrio de Inverno
Lá fora e aqui dentro deste peito
Onde bate um coração ardente e sedento
Sedento de ti e do teu corpo
Tu não estás comigo.
Não senti ao acordar
O teu perfume e o teu lindo sorriso
Aquele beijo ensonado e as palavras que adoro
Não ronronaste o bom dia desejado.
Onde estás?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Volim te

É nos momentos mais negros
Em que em mim não há nada
nem ninguém,
Em que tudo é obscuro
rodeado de muros, revestidos a negro
Quanto a vida nada dá
e se sente que nada se tem
É nesse instante
que no mais intimo
Revivo, ainda que seja ilusão,
Os nossos momentos
os nossos encontros e desencontros
Vejo o horizonte longínquo
Onde sei que tu estás
E nada mais quero
E nada mais peço
Nada mais preciso
Que esse olhar, o teu olhar
Entrego-te o coração.

Volim te

Ani ohev otah

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma...quem foi?
Esta chama que atenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há - de ela apagar?
Eu não sei, não lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

Almeida Garret

Entardecer

Entardecer
É morrer um pouco,
em surdinha
Surge a escuridão
o vento gélido da serra
a ar agreste
Que me ferem o rosto
E me rasgam a alma
É o fim do sol
que nos ilumina e aquece
É abraçar-te para depois te perder
É o dizer adeus
o ver-te partir
É o sentir saudade
do calor do teu corpo
do arfar do teu peito
Que ainda agora tive
É ficar com a escuridão
Como companheira
Enquanto saboreio
o calor do teu beijo
que se desvanece nos meus lábios
Com um beijo
te foste
E me deixaste ...
Entardece.

domingo, 1 de novembro de 2009

Domingo, manhã.

Domingo, manhã, café, esplanada
À volta da bica
A tua lembrança
É um prazer que tenho
Que adoro repetir
Pachorrentamente
Com o meu amor
ou com a sua lembrança.
Ao lado um senhor lê o jornal
E senhoras que falam de tudo
Me alheio e entretenho
Pensando em nós dois
Sorvo o café quente,
lentamente,
Saboreia o seu gosto
Tal como saboreio tua companhia
Imaginária, ...talvez
É um pequeno prazer
...O pouco prazer
Um prazer imenso
Eu sei que é vício
Mas sabe tão bem
Ele faz tão bem
e também
A manhã de Domingo !

Este Domingo

Nada se passa neste domingo
Nada que mereça ser vivido
Não há música que queira ouvir
não há um livro para ler
não há amigos ou família com quem rir
Não há nada que preencha o teu vazio
Não há desejos neste domingo
Para além do desejo de ti
Para além da saudade
Não há nenhum problema
Para além da ausência de ti
O meu mundo parou
Avizinha-se um domingo sem fim
Por isso nem o começo
Este Domingo sem vida
A quem escrevo este poema
não sabe que o estou escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse... para dizer
para falar, para rir e amar.
Que domingo este!